África Ocidental
(Portugal)
Capitão:
Tipo: Mercante a Motor
Tonelagem: 1265
Proprietário: Sociedade Geral de Comércio, Indústria e Transportes)
Porto: Lisboa
Construção: Portugal, 1938
Acontecimento: Recolheu 12 tripulantes do navio "Horn Shell" no dia 06 de Agosto de 1941.
Maria Leonor
(Portugal)
Capitão:
Tipo: Vapor de pesca de alto mar
Tonelagem:
Proprietário: Companhia Portuguesa de Pesca
Porto: Lisboa
Construção:
Acontecimento: Recolheu 14 sobreviventes do navio "Horn Shell" no dia 14 de Agosto de 1941.
O “África Ocidental” encontrou uma baleeira no dia 6 de Agosto de 1941, 220 milhas a sudeste das Canárias, com 12 homens, que pertenciam à guarnição do vapor britânico “Horn Shell”, afundado no dia 26 de Julho pelo submarino italiano Barbarigo. Os doze homens foram levados deixados na Ilha de São Vicente, Cabo Verde, no dia 9 e a 23 do mesmo mês foram embarcados no Serpa Pinto que regressava a Lisboa.
Outra baleeira do mesmo navio, com 14 sobreviventes a bordo, foi recolhida pelo arrastão de pesca “Maria Leonor” no dia 14 de Agosto. Documentos de origem britânica acusam a presença dos náufragos a bordo do navio português no dia 17 ao largo do Cabo Juby, África Francesa.
Do navio português foi enviado um rádio alertando para a presença de um ferido e também para o facto de carecerem de provisões para tantos homens. Por outro lado não queriam dirigir-se aos portos franceses de África pois sabiam que os náufragos ficariam internados. Os britânicos destacaram o destroyer “Avon Vale” para fazer a interceção, recolher os náufragos e fornecer mantimentos ao arrastão português.
No dia 20 de Agosto essa recolha já tinha tido lugar e havia também a informação de que um dos homens, o oficial de rádio T. A. Walker tinha falecido, aparentemente a bordo da baleeira. O Avon Vale deixou os sobreviventes na Serra Leoa.
Uma terceira baleeira com 15 náufragos, incluindo o comandante, foi recolhida, a 8 de Agosto, pelo navio brasileiro “Cuyaba”. O vapor encontrava-se em rota se Lisboa para Pernambuco onde chegou a 18.
Uma quarta baleeira com mais 14 homens nunca foi encontrada.
O afundamento do Horn Shell
O navio tanque “Horn Shell” saiu do porto de Gibraltar para Curaçau no dia 22 de Julho de 1941, com a escolta de um patrulha que o acompanhou nos dois primeiros dias de viagem, altura em que continuou sozinho para o seu destino.
No dia 26 de julho, pelas 23.30 horas (GMT) o navio foi atingido por um primeiro torpedo que o atingiu junto à casa de máquinas, que foi inundada ficando inoperacional de imediato. O capitão MacDougall deu imediatamente ordem para os tripulantes prepararem os salva-vidas e vestirem os coletes.
Sabendo que o navio não se afundaria por ser atingido apenas por um torpedo MacDougall deu ordem para que as baleeiras ficassem nas imediações pois caso não houvesse novo ataque seria possível regressar. Pouco depois o navio era atingido por novo torpedo, altura em que o capitão e mais alguns homens que tinham regressado para enviar mensagens de socorro abandonaram definitivamente o petroleiro que recebeu nos minutos seguintes o impacto de outros dois torpedos. O “Horn Shell” adornou e afundou-se.
Todos os tripulantes tinham conseguido abandonar o navio e como o mar se encontrava em bom estado foram divididos em grupos de 14 por todas as baleeiras. Apenas aquela em que seguia o capitão tinha 15. Como se encontravam a cerca de 300 milhas da Madeira foi decidido fazer rumo à ilha, mas nenhum deles chegaria a esse destino.
Horn Shell
(GB)
Capitão: A. MacDougall
Tipo: Navio tanque
Tonelagem: 11692
Proprietário: Anglo Saxon/ Shell Tankers UK
Porto: Londres
Construção: Alemanha, 1931
Destino: Afundado pelo submarino italiano Barbarigo a 26 de Julho de 1941. 40 tripulantes sobreviveram e 17 morreram.
Fontes:
- Arquivos: National Archives UK, Kew (GB); Arquivo Histórico do MNE (PT); Nara - National Archives and Records Administration (USA);
- Sites: https://www.helderline.com ;
- Livros & Publicações : Shipping Company Losses of the second World War, Ian M. Malcolm; Navios da Marinha Portuguesa, datas 1939 a 1945;