Marinheiro no navio Stureborg (Sueco)
Local de nascimento – Miulezas, (?)
Data de nascimento – (39 anos)
Data de falecimento –
Pai –
Mãe –
António Amaral a dar entrevistas à imprensa portuguesa
António Amaral estava a bordo do cargueiro Stureborg, da neutral Suécia e a viajar sob bandeira da Cruz Vermelha Internacional, quando - a 14 de Junho de 1942 ao largo da ilha de Chipre - o navio foi atacado e afundado por aviões torpedeiros italianos.
O português estava dormir quando foi acordado pela explosão e foi com dificuldade que conseguiu chegar ao convés, saltando depois para o mar. A nadar entre destroços, e atingido por alguns, conseguiu entrar para uma jangada onde já estavam outros nove homens, entre os quais o português Alfredo da Silva Martins.
Onze tripulantes tinham morrido durante o afundamento, entre eles outro português com o nome de Francisco Teodoro.
Para os nove sobreviventes, que conseguiram salvar apenas algumas latas de conserva e uma pequena quantidade de água, começava um calvário que levaria à morte e todos com a excepção de António Amaral. Dezanove dias após o desastre encalhou numa praia palestiniana onde foi ajudado por pescadores que o levaram ao hospital em Haifa.
Após circular entre várias cidades foi levado por um navio britânico até Lourenço Marques, em Moçambique, onde reemporcou no paquete João Belo que o trouxe até Lisboa onde chegou a 11 de Fevereiro de 1943.
O Stureborg era um dos vários navios neutrais que estavam ao serviço da Cruz Vermelha fazendo o transporte de abastecimentos, correio e encomendas para prisioneiros, e outras operações humanitárias. Neste caso o navio vinha do porto do Pireu, na Grécia, onde descarregara géneros para ajudar a população.
C. G.
Fontes
Jornal "O Século" § Jornal "Diário de Notícias"