Claudino Mendes dos Santos morreu a bordo do petroleiro francês “Frimaire”, afundado pelo u-boat alemão U-68 perto da costa da Colômbia, na América do Sul, a 15 de junho de 1942.

O  “Frimaire” era um navio tanque que tinha bandeira de Vichy – estado francês sob domínio alemão – e que fora alugado pelo governo de Lisboa com o “Aragaz”, da mesma nacionalidade, para assegurar o abastecimento de combustíveis líquidos até ao final da guerra.

Claudino Mendes, residente nos Restauradores, em Lisboa, era capitão da marinha mercante e seguia a bordo como um dos representantes do Estado Português.

O comandante do U-boat alemão viu as marcas francesas de Vichy no navio, mas suspeitou que seria um meio naval capturado pelos americanos e que estes estariam a fazer o seu transporte da América do Sul para os EUA.

O ataque, com três torpedos, ocorreu pelas 20.30 horas locais e o Frimaire virou-se em poucos minutos levando consigo todos os 60 tripulantes.

Portugal não tinha no princípio da guerra quaisquer navios tanques na sua frota o que tornou muito difícil o abastecimento de combustíveis líquidos. Ao longo do conflito - que perdurou entre 1939 e 1945 - foram contratados meios espanhóis, franceses e suecos para garantir a chegada de gasolina e gasóleo a Portugal.

O único navio tanque com bandeira portuguesa neste período foi o “Sam Braz” lançado em março de 1942. Foi a primeira unidade do género construída no nosso país.

Carlos Guerreiro