Os meios navais portugueses no princípio da II Guerra Mundial eram curtos para as necessidades de defesa e de abastecimento, e muito diferenciados no que respeita à sua qualidade.
A Armada tinha poucas unidades, mas eram de construção recente e moderna, comparáveis com o que as principais potências tinham na época. Desde meio dos anos 30 que a frota era constituída por três submersíveis, seis Avisos - de primeira e segunda classe - e cinco Contratorpedeiros.
Com estes meios a marinha tentava assegurar a afirmação da soberania na costa portuguesa, nos arquipélagos da Madeira e dos Açores, e nas colónias que incluíam no Atlântico as ilhas de Cabo Verde, a Guiné Bissau e Angola; Moçambique, Índia Portuguesa e Timor.
Em viagem para os mesmos destinos, mas com objetivos comerciais, encontramos uma frota mercante geralmente envelhecida e incapaz de assegurar as necessidades de abastecimento do país. Ao longo de todo o conflito o fornecimento de bens terá de ser complementado por navios dos Aliados - que vão continuar a arribar aos seus portos – e neutrais que têm meios que os armadores nacionais não têm, como por exemplo, transportadores de combustíveis.
Importante era também a frota de pesca de longo curso onde se inserem os bacalhoeiros que desenvolviam faina na Terra Nova e vários tipos de navios de pesca que trabalhavam habitualmente na costa do Norte de África.
Numerosa, mas também frágil e antiquada, eram os meios costeiros existentes no território de Portugal continental, ilhas atlânticas e ex-colónias.
Apesar da neutralidade os navios portugueses foram alvo de pressões tanto dos Aliados como do Eixo, sujeitando-se não só a inspeções - que causam atrasos e prejuízos - mas também ataques que em várias situações resultam na perda dos navios e em mortes de tripulantes e passageiros.