O vapor português Cubango regressava a Lisboa quando, no dia 21 de setembro de 1942, avistou uma baleeira com 13 náufragos que pertenciam à guarnição do mercante holandês Breedijk, afundado a 14 de setembro pelo U-68. Era o segundo salva-vidas que o navio português encontrava em pouco mais de 24 horas, pois tinha já a bordo 15 ingleses pertencentes ao Trevilley afundado a 12.

Os holandeses encontravam-se em boas condições tendo em conta o tempo que tinham passado no mar. Aos britânicos disseram que a boa forma se devia em parte ao pemican americano que tinham na baleeira e que tinha sido importante para assegurar tanto a alimentação como a moral. 

Como o Cubango não tinha rádio de ondas curtas, comunicou a descoberta dos náufragos ao Malange, mas este não terá retransmitido a informação a Lisboa. A marinha na capital portuguesa só tomaria conhecimento dos salvamentos quando novo rádio foi enviado, mas agora de Bissau, onde foi feita uma escala.

O vapor português Cubango entrou no porto de Lisboa pouco antes das 18 horas do dia 5 de outubro de 1942 trazendo a bordo 28 náufragos de dois navios.

O Breedijk foi afundado pouco antes da uma manhã do dia 15 de 1942 pelo U-68 que o torpedeou causando um incêndio. Morreram o capitão e outro tripulante, mas os restantes 50 conseguiram escapar em quatro salva-vidas. A 18 um foi encontrado pelo HMS Corinthian, a fazer buscas pelos sobreviventes do Laconia, e a 23 o HMS Decoy recolheu outra enquanto a quarta chegou à Costa do Marfim.

Carlos Guerreiro