Para evitar mal entendidos que em tempo de guerra poderiam ter graves consequências, o aviso Gonçalves Zarco recebeu ordens para fazer a viagem de Moçambique para Portugal afastado da costa sul-africana e foi graças a essa disposição que o navio português encontrou - no dia 9 de dezembro ide 1942, a mais de 50 milhas de terra - uma jangada com seis náufragos do navio panamiano Amarylis.

O comandante do Gonçalves Zarco, capitão de fragata Joaquim Marques Esparteiro calculou que a jangada com os únicos sobreviventes do panamiano tivesse andado à deriva durante mais de 300 milhas nos sete dias em que esperaram por socorro. Foram assistidos a bordo e receberam emprestada roupa de alguns praças antes de serem deixados no porto do Lobito onde foram entregues ao consul inglês daquela cidade angolana. 

Os marinheiros portugueses receberam das autoridades britânicas uma compensação pelo empréstimo das roupas, mas resolveram doar o dinheiro à Cruz Vermelha.

O Amarylis foi afundado por um torpedo às 17.40 horas do dia 2 de dezembro. O ataque foi realizado pelo U-181 que viu o navio partir-se em dois e afundar em cerca de três minutos. Morreram 29 tripulantes. 

Carlos Guerreiro